quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A SOLIDÃO mata…



A SOLIDÃO mata…

Ouvimos dizer muitas vezes que “não escolhemos nascer nem morrer…”,

Mas é só meia verdade, pois podemos sempre decidir “quanto tempo ficamos”.
Muitos são os que decidem quando chega a hora de partir…Segundo as notícias foi o caso do conhecido actor Robin Williams, que surpreendeu, sobretudo porque era associado ao riso, à felicidade.

Quase todos conhecemos alguém que “o fez”, tentou fazer, ou pessoas que nos confessaram que se tivessem “coragem” o fariam. Não me surpreende que a vida empurre e nos esmigalhe por vezes sob o peso do desespero.

Respeito que esta possa ser uma opção pessoal e penso que compreendo o estado de espírito de quem chega a esta decisão. Abanei à beira desse precipício há muitos anos atrás. Mas a vida é cheia de surpresas e às vezes encontramos uma mão esticada, no momento da nossa queda.

“Partir” é desistir, porque não se teve “coragem” de começar de novo.

A SOLIDÃO é a principal inimiga do homem e a frase atribuída a este senhor:
“Costumava pensar que a pior coisa da vida era terminar só, mas não é. A pior coisa da vida é terminar com alguém que te faz sentir só."
(Robin Williams) – diz tudo sobre o que sentia.

Podemos ter todo o conforto material, estar rodeados de gente e sentirmo-nos morrer por dentro, dia após dia, minados pela solidão.

Vivemos num mundo em que o egoísmo cresce como erva daninha que rouba a vida ao amor. Vemos com desgosto que há, cada vez mais, quem veja no seu semelhante apenas um objecto de prazer que usa e deita fora, sem que lhe reste qualquer sentimento.

A Solidão, aquela que nos faz sentir abandonados, insignificantes, invisíveis e desprezíveis – mata. São as atitudes dos outros que levam a ajuizar-nos assim.

É preciso que as palavras tenham valor, que os corações saibam escutar e que a gente tenha sempre colo para quem dizemos Amar.

O que mais choca quando alguém que conhecemos “decide partir”, é sentirmos que nos enganámos em relação à felicidade do outro.

Podemos não ter estado tão próximo desse alguém, para lhe esticarmos a mão no momento da queda, mas estamos sempre a tempo de Matar a solidão dos que connosco vivem.

Ouvir e acarinhar - a melhor forma de começar.

Benvinda Neves
Agosto 2014



Benvinda Neves

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