Perdi-me...
Algures entre a tarde e o anoitecer…
Algures entre a tarde e o anoitecer…
Era um dia como os de
verão,
As cores os cheiros
fortes e o calor a convidar ao sonho.
Gosto de sonhar…
Flutuar no tempo
entre o que é e o que gostaria que fosse,
Com olhos de artista,
e alma de louca, que tudo ama como se fosse seu.
Distrai-me na
contemplação do caminho.
Longo, infinito
convidativo com chamamentos e braços abertos para me receber.
E eu gosto de braços
acolhedores…
Gosto de colo, gosto de cores, gosto de
cheiros.
Gosto de percorrer caminhos
novos, gosto do carinho de ser bem acolhida.
Talvez tenham sido as
cores do céu
Que acenderam tudo em
redor e me contagiaram como fogo.
É o vermelho do sol
no horizonte
Que faz promessas
para o amanhã,
Em cores onde se esquece anunciam a noite.
Quero aproveitar este
fim de dia…
Soberbo, quente e
desejável.
Não importa que o
crepúsculo dure só umas horas,
Importa que sou feliz
neste final de dia.
Perdi-me algures
entre a tarde e o anoitecer…
Segui o chamamento de
teus braços abertos,
Onde me encostei para
que me embalasses e acalmasses a dor.
O sol já desceu todo
o horizonte, Só resta o crepúsculo ténue alaranjado.
Desperto da letargia …
Ainda tenho um fio de
luz para me guiar,
Novo caminho
encontrar…Amanhã é novo dia.
Benvinda
Neves
OUTUBRO
2012
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